Pintores são os outros; aqueles que, com tintas e pinceis, expressam a criatividade, a alma, a arte, a ideia, a forma.

2006/04/13

Isso não! Pintores são os outros; aqueles que, com tintas e pinceis, expressam a criatividade, a alma, a arte, a ideia, a forma. Passaram anos nos bancos das faculdades, percorreram os museus, viveram nas bibliotecas. Aprenderam do desenho, das tintas, das misturas das cores, dos tons, de tudo!

Eu não! Nem sei porque pinto! Nem sequer sei se, o que faço, é pintura. Que importa!! O que sei é que tenho saudades, dos meus verdes anos. Da minha aldeia, dos meus caminhos, dos meus companheiros, dos meus pais, dos verões, dos trabalhos agrícolas, das festas, das frescas águas das fontes, do doce sabor das frutas, apanhadas na beira do caminho.

3 comentários:

Rosario Andrade disse...

Bom dia Abel!
Obrigada pela visita a Minha Galeria e ao simpatico comentário. Pelos vistos, temos bastante em comum... este post podia ter sido escrito por mim. Também nunca estudei arte, ou pintura ou desenho. Também nao sei porque pinto, apenas sinto a necessidade de o fazer.
E a aldeia! também sou de uma aldeia perdida nos montes, no meu outro blog , o I&I, dedico-lhe muitos posts em forma de cronica...
Foi bompassar por aqui! Volto!
Bjico

confra-ria disse...

Hà em muitas pessoas um poeta,um escultor,escritor,um aritista adormecido.Talentos potenciais que só necessitam de um pequeno toque para se revelar .Força!Quem pinta,escreve (etc...) por prazer ,tem na sua essência a sensibilidade e a liberdade com que tambem se faz arte.Por isso continue ,havera sempre pelos trilhos que escolhemos enveredar almas para nos desnortear,não ligue são apenas ortigas desalmadas que convem não abraçar.
Manu-do blog"À Margem da Ria"

Pedro Turner disse...

"Soalheiro" pode não ser "arte" no sentido escolástico, mas é, inquestionávelmente, "Arte" ao plasmar sentimento e emoção na tela. Sim, "Soalheiro" é realmente a expressão da saudade de tempos duros e difíceis, mas em que as pessoas ainda não se tinham esquecido do sentido de união e entreajuda, da solidariedade praticada nos pequenos gestos do quotidiano, em que as pessoas eram "Pessoas" e não "estranhos" que passam uns pelos outros sem sequer se "verem" uns oas outros. Saudade de uma ideia e de um ideal, que se desvanece - cada vez mais - na voragem do economicismo acéfalo, em que as "Pessoas" não passam de números num qualquer "balancete" ministerial. Por favor continue. Os "Soalheiros" ainda vão dando algum toque de côr e animo aos Portugueses!